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Operação “Fraudadores” investiga esquema de fraudes fiscais de R$ 1,4 bilhão em Mato Grosso

Investigados por fraudar os órgãos fiscais em cerca de R$ 1,4 bilhão, indivíduos são alvos de uma operação chamada “Operação Fraudadores”, que entrou em sua terceira fase na quinta-feira (15). A operação, conduzida pela Polícia Civil por meio da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários, juntamente com o Ministério Público do Estado de Mato Grosso e a Secretaria Estadual da Fazenda (Sefaz), visa combater a fraude fiscal na região.

Três mandados de busca e apreensão estão sendo executados contra pessoas físicas e jurídicas em Lucas do Rio Verde e Ipiranga do Norte. A operação conta com o apoio de unidades locais da Polícia Civil em ambas as cidades. Uma busca em um dos alvos resultou na descoberta de uma arma de fogo ilegal e munição, levando a uma prisão.

A operação teve início no final de 2022 após a identificação de uma possível organização criminosa envolvendo produtores rurais, contadores, operadores de empresas de fachada e empresários que vêm fraudando os órgãos fiscais de Mato Grosso há anos, com um faturamento estimado de R$ 1,4 bilhão em notas fiscais falsas, segundo a Sefaz.

Nas duas primeiras fases da operação, aproximadamente 120 produtores rurais foram questionados, resultando em créditos tributários totalizando mais de R$ 20 milhões, que foram pagos em parcelas ou quitados. Deste montante, o estado efetivamente arrecadou um total de R$ 2.623.833,15.

Após as audiências nas fases iniciais, os principais corretores de grãos responsáveis pelo uso da empresa de fachada em relação aos produtores inicialmente questionados foram identificados.

Esses esforços fazem parte do plano estratégico de atuação da Defaz, do Ministério Público e da Sefaz, alinhados com o Comitê Interinstitucional para Recuperação de Ativos (Cira), com foco no combate à sonegação fiscal em Mato Grosso.

As etapas iniciais da operação forneceram aos produtores identificados os mecanismos necessários para quitar suas dívidas e eliminar a responsabilidade pelos delitos cometidos. Nesta nova fase, o objetivo é ampliar as investigações identificando novos clientes do grupo criminoso investigado.