Comandante da PM critica prioridade em câmeras nas fardas: “Tem estado comprando isso enquanto o policial não tem colete”
O coronel Alexandre Mendes, comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, reiterou sua posição contrária à adoção de câmeras nas fardas dos policiais do estado. Ele argumenta que há ainda muito a ser discutido sobre o assunto, especialmente questões relacionadas ao funcionamento e armazenamento das imagens capturadas.
Mendes destacou o custo elevado do armazenamento das imagens, citando o modelo adotado em São Paulo, onde as câmeras são alugadas. Ele levantou preocupações sobre a responsabilidade e os custos associados ao armazenamento dessas imagens durante longos períodos de tempo, considerando o prazo até o trânsito em julgado de crimes, que pode ser de até 20 anos.
O comandante também mencionou as diferentes abordagens adotadas por outros estados na aquisição desses equipamentos, citando o Rio de Janeiro como exemplo. Ele questionou a durabilidade e eficácia dessas câmeras no longo prazo, dada a rápida evolução tecnológica nesse campo.
Mendes expressou sua preocupação com a prioridade dada à compra de câmeras enquanto policiais em alguns estados carecem até mesmo de equipamentos básicos de proteção, como coletes à prova de balas. Ele destacou a importância de garantir que os policiais tenham os recursos necessários para realizar seu trabalho de forma segura e eficaz antes de investir em tecnologias adicionais, como as câmeras nas fardas.
Em resumo, Mendes afirmou sua oposição à implementação de câmeras corporais para fiscalizar os policiais militares em Mato Grosso, enfatizando a necessidade de priorizar outros meios para garantir a preparação e segurança dos agentes.