Ministro de Direitos Humanos Desfila na Vai-Vai, Gerando Controvérsia com Representação de Policiais como Demônios
O desfile da Vai-Vai no Carnaval de São Paulo certamente gerou controvérsias, especialmente devido à representação dos policiais como demônios e à crítica à figura histórica de Borba Gato. A participação do Ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, no desfile adicionou um elemento político à discussão.
Almeida justificou sua presença, enfatizando que ela valoriza o governo e a política brasileira, aproximando-os do povo. Ele destacou a importância do Carnaval como uma oportunidade de reconexão com o país e se sentiu honrado em participar.
A Vai-Vai defendeu sua escolha de enredo, argumentando que Borba Gato representa um capítulo sombrio da história, especialmente relacionado às atrocidades contra indígenas. Almeida, com laços familiares com a escola, apoiou sua valorização como expressão da cultura negra paulistana.
No entanto, a ala que retratou policiais como demônios provocou críticas, especialmente da Frente Parlamentar de Segurança Pública, que viu nisso uma desvalorização das forças policiais. Deputados como Alberto Fraga e Sargento Gonçalves expressaram indignação, até sugerindo o rebaixamento da escola por essa representação. Kim Kataguiri também se pronunciou, acusando a escola de promover o que ele chamou de “bandidolatria”.
Essa situação ressalta as tensões entre liberdade artística, crítica social e respeito institucional, e provavelmente continuará gerando debate sobre os limites da representação artística e política no contexto do Carnaval e da sociedade brasileira como um todo.