Operação Policial em Cuiabá Resulta na Prisão de Assessora Parlamentar e Advogado

Na terça-feira (5), a Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) deflagrou a Operação Doce Amargo 3, visando desmantelar grupos de traficantes de drogas sintéticas na região metropolitana de Cuiabá. Entre os detidos estão Maria Eduarda Aquino Costa, assessora da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), e o advogado Rodrigo Figueiredo.

Maria Eduarda Aquino Costa, conhecida como Duda Aquino, foi detida em seu apartamento no Edifício Vivendas do Bom Clima, no bairro Residencial Paiaguás. Ela ocupava uma vaga como assessora na Primeira Secretaria da ALMT desde junho do ano anterior, com um salário mensal de R$ 3.430.

Por sua vez, o advogado Rodrigo Miranda de Figueiredo foi preso em um edifício no bairro Goiabeiras, área considerada de luxo em Cuiabá. Ele atua como assessor jurídico no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT).

A Operação Doce Amargo 3 contou com um total de 151 ordens judiciais, incluindo 43 de prisão preventiva, 54 de busca e apreensão, e mais 54 para bloqueio de contas. As ordens foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais (Nipo) de Cuiabá, após representação por medidas cautelares elaborada pelos delegados da DRE, com base em investigações realizadas pelas equipes policiais.

Segundo o delegado Gutemberg Lucena, a operação é uma continuação das investigações da Doce Amargo, incluindo alguns dos mesmos alvos das fases anteriores.

Os alvos da operação são principalmente jovens de classe média alta, incluindo até mesmo estudantes de medicina, que, segundo os delegados da DRE, são pessoas empregadas com bons empregos, envolvidas em grupos criminosos.

Durante a operação, foram apreendidas três armas de fogo, quase R$ 20 mil em espécie e uma grande quantidade de drogas, incluindo maconha, LSD, pasta base de cocaína, ecstasy e cogumelos alucinógenos. A ação se estendeu não apenas pela região metropolitana de Cuiabá, mas também para outras cidades, como Várzea Grande, Castanheira, Campo Novo do Parecis, Cáceres e até mesmo Foz do Iguaçu (PR). Cerca de 20 bairros da capital foram alvo das rondas para cumprimento das ordens, incluindo áreas nobres como Duque de Caxias.