Política

Após acusar Bolsonaro, governo Lula nega extravio de móveis do Alvorada

O governo Lula negou o extravio de móveis do Palácio da Alvorada, desmentindo as acusações feitas anteriormente e que foram utilizadas como justificativa para a compra de itens de luxo para a residência oficial. Um levantamento feito pela Comissão de Inventário Anual da Presidência concluiu que nenhum móvel estava desaparecido da residência oficial. A revelação foi feita pela Folha de S. Paulo nesta quarta-feira (20).

Inicialmente, em 2022, a Comissão de Inventário Anual identificou que 261 bens estavam ausentes durante um levantamento do patrimônio no Alvorada. No entanto, uma nova conferência realizada em 2023 reduziu esse número para 82, e em setembro foi constatado que nenhum móvel ou bem estava extraviado.

O ex-presidente Jair Bolsonaro reagiu fortemente às acusações afirmando que Lula havia feito uma falsa comunicação de furto. O ex-ministro de Bolsonaro, Fábio Wajngarten, também criticou a situação, chamando-a de “mais uma farsa que cai”.

Segundo a Folha de S. Paulo, a Secretaria de Comunicação informou que os móveis foram encontrados “nas diversas dependências” do Palácio da Alvorada, sem fornecer mais detalhes sobre o assunto.

Os móveis do Alvorada têm sido motivo de polêmica desde o início do governo Lula. Na primeira semana de seu mandato, a primeira-dama, Janja, expôs a má conservação do mobiliário, infiltrações e janelas quebradas, além de apontar o desaparecimento de itens.

Diante das acusações, Michele Bolsonaro na época defendeu-se e sugeriu uma “CPI dos Móveis”.