Bolsonaro convoca apoiadores para defender a democracia em manifestação na Avenida Paulista
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez um chamado aos seus seguidores para participarem de um ato público marcado para o último domingo de fevereiro, às 15h, na Avenida Paulista, em São Paulo, com o intuito de “defender o Estado democrático de direito”, vestindo verde e amarelo.
Bolsonaro anunciou que liderará a manifestação com o propósito de rebater as acusações recentes, especialmente relacionadas à operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente é um dos alvos dessa nova operação da PF, deflagrada na quinta-feira (8), que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado, na qual ele seria o mentor.
Os agentes federais cumpriram 33 mandados de busca e apreensão, 4 mandados de prisão preventiva e 48 medidas alternativas contra Bolsonaro e seus apoiadores mais próximos, incluindo o presidente de seu partido, Valdemar da Costa Neto. Essas ações decorrem da delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, que traria indícios de uma suposta trama para mantê-lo na Presidência.
Em um vídeo divulgado nas redes sociais, Bolsonaro fez um apelo aos seus seguidores, solicitando que não levem cartazes ou faixas “contra quem quer que seja” à manifestação na Avenida Paulista, receoso de retaliações adicionais do STF. Além disso, incentivou as pessoas a comparecerem usando as cores da bandeira do Brasil.
Na conclusão de sua mensagem, expressou o desejo de capturar uma “fotografia” durante o evento para “mostrar ao Brasil e ao mundo” a união do povo brasileiro, suas preocupações e o compromisso com os valores de “Deus, pátria, família e liberdade”. O vídeo foi compartilhado por congressistas que apoiam Bolsonaro, amplificando a convocação para o ato.