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Dengue Hemorrágica: A Forma Grave da Dengue Preocupa Autoridades de Saúde

O Brasil enfrenta um preocupante aumento nos casos de dengue, com mais de meio milhão de casos prováveis registrados até o momento. Segundo o Ministério da Saúde, já são 75 mortes confirmadas pela doença, enquanto outras 350 estão sob investigação. Esses números alarmantes reforçam a importância da conscientização e prevenção contra essa enfermidade transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

A dengue se manifesta de diversas formas, sendo a dengue hemorrágica a mais grave entre elas. Enquanto a dengue clássica geralmente apresenta sintomas autolimitados e pode ser controlada com tratamentos para aliviar os sinais, a forma hemorrágica exige uma intervenção médica imediata e cuidados intensivos para evitar complicações potencialmente fatais.

É essencial saber distinguir os sintomas iniciais da dengue clássica e da forma hemorrágica. Ambas apresentam febre súbita, geralmente acompanhada de dores de cabeça, fadiga, dores musculares ou articulares, e dor nos olhos. No entanto, a diferenciação entre os dois quadros geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia da infecção, especialmente quando a febre diminui.

Entre os sinais de alerta específicos da dengue hemorrágica estão hemorragias, como pequenas petéquias na pele ao realizar a prova do laço. Além disso, podem ocorrer sangramentos espontâneos na gengiva, boca, nariz, ouvidos ou intestino, bem como dor abdominal intensa, náuseas, vômitos persistentes e manifestações neurológicas.

Embora a dengue grave seja rara, ela pode levar a complicações sérias, como o estado de choque circulatório, que ocorre quando há uma queda acentuada da pressão arterial seguida de insuficiência circulatória grave. Esse quadro é desencadeado pela perda excessiva de sangue e líquidos, resultando na falência de múltiplos órgãos.

A infecção secundária por diferentes sorotipos da dengue aumenta o risco de desenvolver a forma grave da doença. Por isso, é crucial adotar medidas preventivas, como o controle do vetor e a vacinação. O combate ao mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão da doença, deve envolver a eliminação de locais com água parada, onde o mosquito deposita seus ovos.

No que diz respeito à imunização, a vacinação está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças de 10 a 14 anos em municípios específicos, além de estar disponível no sistema privado para pessoas entre 4 a 60 anos. O uso de repelentes também é recomendado como medida adicional de proteção contra picadas do mosquito transmissor.

É fundamental que toda a população esteja atenta aos sinais da doença e adote medidas preventivas para evitar a propagação da dengue e proteger a saúde individual e coletiva.