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Jovem foi brutalmente agredida e morreu após perder sangue ao ter bebê retirado, aponta perícia

A jovem Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, estava viva quando teve o bebê retirado de seu ventre e morreu devido à perda excessiva de sangue. A informação foi confirmada por exames da Perícia Oficial e de Identificação Técnica (Politec), que apontaram também sinais de agressão antes do crime. A autora, Nataly Helen Martins Pereira, de 25 anos, segue presa.

O laudo revelou que Emilly apresentava diversas lesões pelo corpo, incluindo um hematoma no olho, o que sugere que ela foi golpeada com um soco. “Ela também tinha ferimentos na face e no pescoço”, explicou a diretora Metropolitana de Medicina Legal, Alessandra Carvalho Mariano.

A vítima não morreu por asfixia, mas passou por um processo de falta de oxigênio, sem que isso tenha deixado vestígios determinantes na causa da morte. Segundo a perita, a jovem faleceu após perder todo o sangue do corpo devido ao corte em formato de “T” realizado em seu abdômen. O exame identificou que a incisão foi feita com precisão cirúrgica, preservando as camadas do corpo e o útero.

“A vítima agonizou até a morte e sofreu muito. Todo crime deixa vestígios, e neste caso não foi diferente”, afirmou Alessandra.

O crime

Emilly desapareceu na manhã do dia 27 de fevereiro, após sair de casa no bairro Eldorado, em Várzea Grande, informando à família que iria até Cuiabá buscar doações de roupas na residência de um casal.

Na noite do mesmo dia, Nataly Helen Martins Pereira deu entrada em uma unidade hospitalar com um bebê recém-nascido, alegando que havia dado à luz em casa. No entanto, exames realizados pela equipe médica comprovaram que ela nunca esteve grávida.

Os profissionais de saúde também notaram que a criança estava limpa e sem vestígios de parto recente. Exames ginecológicos e de sangue confirmaram que a suspeita não apresentava sinais de parto nem produção de leite para amamentação.

Prisão

Quatro pessoas foram detidas no início da investigação, mas apenas Nataly Helen permaneceu presa. Em depoimento à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ela confessou o crime e afirmou ter agido sozinha.

O marido, o irmão e o cunhado da suspeita foram liberados após prestarem depoimento e passarem por uma série de diligências conduzidas pelos investigadores.

A Polícia Civil segue apurando o caso e investiga se houve envolvimento de outras pessoas no crime.