Lula se enrola ao improvisar e faz piada inoportuna sobre amantes e democracia
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a causar polêmica com uma declaração improvisada nesta quarta-feira (8), durante evento no Palácio do Planalto que marcava os dois anos dos atos de 8 de janeiro. Em seu discurso, Lula afirmou que se considera um “amante da democracia” e, para ilustrar sua fala, fez uma comparação que gerou desconforto:
“Eu sou um amante da democracia. Não sou nem marido. Eu sou um amante da democracia porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. E eu sou um amante da democracia porque eu conheço o valor dela.”
A frase, que parecia uma tentativa de descontração, foi mal recebida por parte do público presente, gerando risadas nervosas e olhares constrangidos. A primeira-dama, Rosângela Silva, conhecida como Janja, não disfarçou seu descontentamento e fez um gesto de desaprovação ao ouvir a declaração.
Reação do público e tentativa de contornar a gafe
O desconforto gerado pela fala foi evidente, tanto na plateia quanto entre os convidados. Lula tentou amenizar a situação ao mudar de assunto rapidamente, passando a falar sobre o início de sua vida sindical. No entanto, o comentário já havia marcado o evento e gerado críticas nas redes sociais, especialmente entre opositores, que classificaram a fala como “imprópria e desrespeitosa”.
O evento, que deveria reforçar a defesa da democracia em alusão aos atos de vandalismo de 8 de janeiro de 2023, acabou sendo ofuscado pela infeliz escolha de palavras do presidente.
Contexto e críticas
Embora o discurso tenha contado com a presença de ministros, magistrados, deputados e apoiadores do governo, o episódio evidenciou mais uma vez o estilo improvisado de Lula, que, segundo críticos, muitas vezes resulta em declarações polêmicas que desviam o foco dos temas centrais.
A comparação feita por Lula também levantou questionamentos sobre a falta de preparo em discursos institucionais, especialmente em ocasiões que demandam seriedade. Muitos apontaram a necessidade de maior cuidado por parte do presidente ao abordar questões de relevância nacional, como a democracia e o combate a atos antidemocráticos.