A perseguição continua: Operação da PF mira Bolsonaro, Heleno, Braga Netto e outros aliados; ex-assessores são presos
A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação nesta quinta-feira, 8, visando aliados militares ou políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro. Dentre os alvos de buscas estão o ex-ministro da Defesa e da Casa Civil, Braga Netto, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que Bolsonaro entregue o passaporte em até 24 horas.
Conforme apuração do Terra, foram presos na operação Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro; Marcelo Câmara, coronel do Exército citado em investigações como a dos presentes oficiais vendidos pela gestão Bolsonaro e a das supostas fraudes nos cartões de vacina da família do ex-presidente; Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército.
A operação inclui 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, como proibição de manter contato com os demais investigados e entrega dos passaportes em até 24 horas, dentre outras.
As medidas judiciais, expedidas pelo STF, ocorrem em diversos estados do Brasil, incluindo Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal. O Exército Brasileiro está acompanhando o cumprimento de alguns mandados.
Segundo informações do blog de Andréia Sadi, da GloboNews, a operação é resultado da delação de Mauro Cid e de outras investigações sequenciais, visando 16 militares. Além disso, o general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e Valdemar Costa Neto, presidente do PL, estão entre os alvos de busca.
Jair Bolsonaro também é alvo da operação, com o STF determinando que ele entregue o passaporte em até 24 horas e não mantenha contato com outros investigados. Agentes foram até sua residência em Angra dos Reis (RJ), apreendendo celulares de assessores, embora o passaporte não tenha sido encontrado no local.
A investigação, denominada Tempus Veritatis, visa uma organização criminosa que teria tentado promover um golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, visando manter Bolsonaro no poder. Os crimes investigados incluem organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.