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Presidente sul-coreano se desculpa por lei marcial e enfrenta pressão por renúncia

Neste sábado (7), o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol, pediu desculpas publicamente pela declaração da lei marcial na última terça-feira, que gerou intensas críticas e tensões políticas no país. Yoon justificou a medida como uma ação emergencial, mas reconheceu o impacto negativo causado.

“Peço sinceras desculpas por causar preocupação e inconveniência ao público”, declarou Yoon em discurso no gabinete presidencial.

Ele afirmou que assumirá “todas as responsabilidades legais e políticas decorrentes dessa decisão” e garantiu que “nunca haverá uma segunda declaração de lei marcial”.

Críticas e moção de impeachment

A declaração de lei marcial foi amplamente criticada, inclusive dentro do próprio Partido do Poder Popular (PPP), que inicialmente apoiava o presidente. No entanto, a oposição, com maioria no Parlamento (192 assentos de 300), busca destituí-lo e necessita de apenas oito votos adicionais dos 108 parlamentares do PPP para aprovar a moção de impeachment, cuja votação está marcada para às 19h (7h de Brasília).

Han Dong-hoon, líder do PPP, afirmou que a “renúncia antecipada” de Yoon é inevitável, defendendo a suspensão imediata de suas funções “para proteger a República da Coreia e seu povo”.

Contexto político

O presidente Yoon enfrenta forte pressão política e social para renunciar. Em sua declaração, ele deixou nas mãos de seu partido a decisão sobre sua continuidade no cargo, sinalizando a gravidade da crise política no país.

O desfecho da votação parlamentar será um marco importante para a política sul-coreana e pode determinar os rumos do governo de Yoon.