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Ditadura de Maduro inabilita mais cinco opositores, incluindo prefeitos e ex-deputados

A Controladoria da Venezuela, sob a tutela da ditadura de Nicolás Maduro, anunciou a inabilitação política de mais cinco opositores ao regime. Entre eles, estão dois prefeitos em exercício e três ex-deputados, todos potenciais candidatos a cargos regionais. Essa medida amplia uma lista já extensa de líderes políticos que perderam seus direitos políticos meses antes do processo eleitoral previsto para 28 de julho, no qual Maduro busca o terceiro mandato.

Segundo o especialista eleitoral Eugenio Martínez, os cinco políticos tornados inelegíveis eram potenciais candidatos a cargos regionais, o que sugere uma crescente repressão à oposição meses antes do pleito.

Essas sanções são apenas o mais recente exemplo de uma prática sistemática de punição a líderes populares da oposição na Venezuela. Mesmo aqueles com ampla popularidade, como María Corina Machado, têm sido alvo dessas medidas. Machado, vencedora das primárias da oposição e favorita nas pesquisas, foi inelegível para as eleições após acusações de irregularidades administrativas.

Os alvos mais recentes são os prefeitos de El Hatillo, Elías Sayegh, e de Los Salias, José Antonio Fernández López, além dos ex-deputados Tomás Guanipa, Carlos Ocariz e Juan Carlos Caldera. Todos ficarão inelegíveis por 15 anos, exceto Caldera, que terá sua sanção reduzida para 12 meses.

Essas resoluções foram datadas de 16 de abril de 2024, mas só foram divulgadas recentemente. Os políticos afetados, membros do partido Primeiro Justiça (PJ), criticaram as medidas, mas garantiram que isso não os desviaria de seu compromisso eleitoral.

Enquanto isso, a oposição denuncia uma série de obstáculos e ataques relacionados ao processo eleitoral, incluindo bloqueios para inscrição de candidaturas e intervenções em partidos políticos.

Essas ações reforçam a percepção de que o regime de Maduro está buscando minar qualquer oposição efetiva antes das eleições, consolidando seu poder autoritário. Enquanto a comunidade internacional observa atentamente, o cenário político da Venezuela continua a se deteriorar, com as liberdades civis e políticas cada vez mais restritas pelo governo.